Silêncio

Vereadores decidem não comentar sobre prisão de João Carlos Maciel

Pedro Pavan e Marcelo Martins

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Enquanto nos corredores da Câmara de Vereadores o assunto era, exclusivamente, a prisão de João Carlos Maciel, nos gabinetes o tema foi silenciado. A ordem do dia era não tocar no assunto para não expor a Casa. Em reunião a portas fechadas na sala da presidência, antes da Sessão Plenária na tarde de quinta-feira, os parlamentares decidiram "falar a mesma linguagem".

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_ A Câmara não recebeu nada. Nem por parte da Polícia Federal nem por parte do judiciário de alguma situação envolvendo o vereador (João Carlos Maciel). Vamos aguardar os desdobramentos. Esse caso, em tese, não tem nada que faça ligação com o mandato do vereador _ disse o presidente em exercício João Ricardo Vargas (PSDB), que substituía Sérgio Cechin (PP), que estava em viagem à Capital.

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Sem informações, muitos funcinários da Casa perguntavam à equipe do "Diário" o que tinha acontecido com o vereador.

Apesar da ausência de Maciel no Legislativo, o seu gabinete permaneceu aberto durante o expediente. No entanto, os assessores foram orientados por um dos advogados de Maciel, Mario Cipriani, a não comentar o assunto.  

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Pela manhã, enquanto apresentava seu programa diário na Rádio Medianeira AM, Maciel foi chamado à sede do seu projeto social, onde ocorria a operação policial.

_ Foi tudo muito conturbado. Ele começou apresentando o programa e teve que sair porque chamaram ele na sede (programa social). Colocamos alguém lá para não deixar ninguém sem apresentar. Tivemos que correr e remanejar _ conta o diretor da Medianeira, padre Silvio Weber.

Conforme Weber, na sexta-feira o advogado de Maciel vai explicar, no programa da rádio, o que aconteceu com o vereador.

Em nota repassada pela assessoria da prefeitura, o chefe do Executivo, Cezar Schirmer (PMDB), que tem uma relação delicada com o seu colega de partido e líder do governo, Maciel que é um crítico aberto à prefeitura, sintetizou:

_ Tenho convicção que esse episódio será adequadamente bem esclarecido e será feita a justiça. 

Em função da prisão, Maciel, que em 2014 teve 100% de presença, faltou a sessão de quinta-feira. Conforme o regimento interno, se não comparecer a cinco sessões plenárias consecutivas ou a 10 durante o ano pode perde ro mandato. Segundo o procurador-jurídico da Câmara, Glauber Rios, para evitar a perda do mandato, um vereador também pode pedir uma licença particular não remunerada de até 120 dias (quatro meses).

Maciel chorou no depoimento

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